Estou em casa,
Sozinho e triste,
De repente a porta abre,
Era um vulto,
Um vulto de calor,
Um vulto de alegria, Um vulto de amor!
Aproximo-me silenciosamente!
O vulto desaparece!
Perdi te para sempre,
Pensei eu …
A escuridão assombra-me
Tenho medo, muito medo!
Quero fugir!
Abro a porta!
E tu apareces!
Apareces na minha vida,
Inesperadamente esperada!
És um diamante!
Não de facto, não o és!
És nobre de mais,
És sentimental demais,
Para seres um simples pedra!
A minha vida está vazia,
Mas com o teu encontro,
Enche-se de Luz,
Não tive sorte,
Pertences a um Jardim de flores.
Queria arrancar-te e plantar-te no meu,
De certo que irias crescer,
Nobre, feliz e linda flor!
És a mais bela das rosas,
És a mais pura das tulipas,
És uma flor encantadora!
Sei que um dia,
Sairás de teu jardim,
Jamais te peço para vieres para o meu,
Mas quero que saibas,
Que existem outros jardins,
Uns mais belos,
Outros não tão belos!
Minha rosa em flor,
Digo-te que para mim,
És a flor mais importante,
E quero que saibas,
Que mesmo as mais belas flores,
Precisam de agua, ar e sol,
Mas Tu meu doce de flor
Só precisas de amor!
Sei que um dia,
Irás perceber, um dia …
Mas até esse dia,
Irei visitar-te sempre ao teu jardim,
Ouço o silencio,
Ele chama por mim,
Ele quer que me cale,
Mas meus olhos e meu coração
Não podem calar-se.
Vou esperar,
Até ao dia
Que chegares ao meu jardim,
E ele se torne o jardim mais florido,
Ou então até ao dia,
Que eu por esses jardins,
Tenha morrido!